A Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) estava pronta para votar, nesta quarta-feira (19), projeto de
lei (PLS 496/2011) do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) que altera a Lei de
Licitações (Lei nº 8.666/1993) para condicionar a contratação de obras e
serviços públicos à elaboração prévia de projeto executivo. A votação acabou
sendo adiada, entretanto, por pedido de vista apresentado pelo senador Eduardo
Suplicy (PT-SP).
Segundo argumentou o petista, o
conteúdo do PLS 496/2011 está contido no PLS 559/2013, que institui normas para
licitações e contratos da administração pública. Este projeto resultou dos
trabalhos da Comissão Temporária de Modernização da Lei nº 8.666/1993,
presidida por Vital de Rêgo e com relatoria da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).
Diante do fato, Suplicy defendeu a tramitação conjunta da proposta com o PLS
559/2013.
Infraestrutura
Atualmente, o PLS 559/2013 tramita na
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e tem o senador Francisco Dornelles
(PP-RJ) como relator. Até o momento, 56 emendas foram apresentadas à matéria,
das quais 20 são de autoria de Dornelles. O próprio Suplicy também é autor de
oito das 56 emendas encaminhadas à CI.
A ampla reforma à Lei de Licitações
pretendida pelo PLS 559/2013 elimina a carta-convite e a tomada de preços no
processo. A intenção é estabelecer um novo marco legal para contratações no
setor público, o que implicaria não só a revogação da Lei 8.666/2013, mas
também da Lei nº 12.462/2011, que instituiu o regime diferenciado de
contratações públicas, e da Lei nº 10.520/2002, referente ao pregão.
A observação de Suplicy aconteceu
logo após a leitura de parecer favorável do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP),
relator do PLS 496/2011. Na avaliação do relator, a ausência de projeto
executivo não só impede a definição clara do objeto do contrato, mas também de
seu custo e do planejamento das ações a serem executadas.
“Essa é, sem dúvida, uma das causas
da quantidade de obras inacabadas e irregulares com que nos deparamos em todos
os entes da Federação”, afirmou Aloysio Nunes.
Fonte: Agência Senado
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